sábado, 19 de fevereiro de 2011

Falta de Criatividade pra Postar.






Olá! To aqui finalmente postando. Eu ia postar semana passada, mas estava tão entulhada de coisa pra fazer, que não deu. Mas agora tô aqui, para a alegria de todos e felicidade geral da nação! =D
Pra falar a verdade, não tenho a menor ideia do que postar aqui. Eu nunca tenho, normalmente sai o que sair, mas hoje está 'brabo'. Acabei de ver Crhno Crusade (imagem do post) e ainda estou um pouco abalada. A propósito, se você tem coração mole como eu, não veja esse anime! Serio mesmo! É pior que Blood+! Mas tem um fundo de verdade muito grande, te faz pensar se aquilo realmente aconteceu. Sabemos que não, mas engana um pouquinho. Principalmente no final, a parada do Papa! SINISTRO! hahaha
Enfim, tinha dito que ia postar aqui um dos meus textos. Venho prometendo uma demonstração de veracidade em minhas palavras quando digo que serei escritora, então, finalmente aqui estará meu último texto escrito até agora. Como vou por o texto aqui, não vou colocar música não. Espero que gostem! Ah, outra coisa. Sim, eu sou medrosa pra caramba, não vejo filmes de terror, não gosto de histórias de fantasmas, mas quando vem a inspiração, temos que agarrá-la antes que ela se vá. Encare isso também como um tipo de crítica. Ou não. Espero que gostem. Lá vai:

Voz

Certa vez, ouvi, sem querer, uma conversa da minha vizinha com outra senhora. Ela estava contando uma história que havia acontecido no prédio de sua nora há mais ou menos um ano e meio atrás. A história parecia realmente interessante, então prestei atenção.

Certa noite, os pais acordaram com o som de alguém se movimentando pela casa no meio da madrugada. O som vinha da cozinha, e puderam reconhecer a voz de seu filho mais novo, de sete anos. Ele conversava com alguém que, aparentemente, não respondia. Eles se levantaram e foram até lá checar o que se passava. Sentado à mesa da cozinha estava o menino com seus pijamas. À sua frente tinham duas xícaras de leite, uma no fim e outra com menos da metade. Demorou um pouco para que ele percebesse a presença dos pais no local. Quando o fez, não demonstrou espanto, agiu como se nada de errado houvesse.

¾ Sua irmã estava tomando leite com você? Perguntou a mãe.

¾ Não, mamãe, ela está dormindo.

¾ Você tomou duas xícaras de leite sozinho?!

¾ Não.

¾ Então de quem é a outra? Perguntou o pai com pouca paciência e muito sono.

¾ Ora, da minha amiga, papai!

¾ Que amiga, menino, se você tá aqui sozinho?

¾ Não to sozinho, papai. Ela tá bem aqui do meu lado.

Os pais ficaram de certa forma preocupados, mas deduziram que era coisa de criança. Todos nós já tivemos amigos imaginários. A mãe compreensiva, ou pelo menos tentando ser, entrou na brincadeira dizendo:

¾ Por que sua amiga veio te visitar tão tarde assim?

¾ Porque ela achou que vocês não iriam gostar dela.

¾ Por que não gostaríamos? Ela não é sua amiga?

¾ Sim.

¾ Então, quantos anos ela tem?

¾ A minha idade.

¾ Qual o nome dela?

¾ Eu não sei.

¾ Como assim não sabe o nome da sua amiga?

¾ Ela não quis me dizer.

¾ Por que não? Não houve resposta para essa pergunta.

¾ Ela é meio calada, Né? Ainda não a ouvi falar.

¾ Ela é muda, mamãe! O menininho exclamou como se acabasse de ouvir um palavrão bem feio. Realmente pareceu um insulto.

¾ Oh! Me desculpe. E como vocês se comunicam?

¾ Pensando! E apontou com os dedinhos para a cabeça.

¾ Pensamento? Que legal!

¾ Eu vou voltar a dormir! Reclamou o pai. Onde aquilo ia dar? Eram 3:15 da madrugada de uma quarta-feira, não era dia de ficar de papo na cozinha, ainda mais um papo desses.

¾ E onde sua amiga mora? Insistia a mãe.

¾ Aqui em cima.

¾ No apartamento de cima? Perguntou a mãe com espanto, ajeitando sua postura até então bem relaxada e preguiçosa.

¾ Sim, aqui em cima.

¾ Mas não tem ninguém morando aqui em cima faz bastante tempo.

¾ Ela mora sozinha.

¾ Mas como pode uma menina tão pequena morar sozinha? Os pais dela deixam? Mais uma pergunta vaga. O menino abaixou os olhos para a xícara em sua frente e ficou em longo silêncio.

¾ O que foi amor? Ela também não te disse?

¾ Disse...

¾ Então me responde.

¾ É que ela não pode sair de lá.

¾ Como assim? Por que não?

¾ Não posso dizer. Preciso dormir! Boa noite mamãe!

Voltaram a dormir. A História se aquietou. O menino não se aventurou mais pela cozinha madrugada adentro, nem tocou mais no assunto. Porém a mãe não esqueceu. Achou estranha demais aquela conversa e muito criativa para uma criança de sete anos. O apartamento de cima estava fechado há alguns meses. Realmente tinha uma menina que morava lá, mas ela tinha os pais. Era até um casal bem recatado e fino, educado. A mãe, claro, pesquisou sobre. Falou com o porteiro, com vizinhos, mas não chegou a um consenso. Até que uma noite, enquanto botava o moleque pra dormir, tentou perguntar mais uma vez.

¾ E aquela sua amiga. Nunca mais veio te visitar?

¾ Às vezes.

¾ E sobre o que vocês conversam?

¾ Sobre um monte de coisa.

¾ Hum... Tipo o que? Posso saber?

¾ Animais, desenhos.

¾ Ela gosta de animais?

¾ Ela tinha uma gatinha, mas perdeu.

¾ Ela perdeu a gatinha dela? Ela fugiu?

¾ Não, foi embora.

¾ Então fugiu.

¾ Não, foi embora.

¾ Como assim ela foi embora sem fugir?

¾ Levaram ela.

¾ Roubaram a gata dela? Que horror!

¾ Não roubaram! Era deles também. Eles levaram embora com eles quando foram.

¾ Foram pra onde? Quem?

¾ Eles! Eles levaram a gata com eles pra onde eles foram! Não sei pra onde. Ela também não.

¾ Que pena...

¾ É.

¾ Posso te pedir uma coisa?

¾ Pode.

¾ Se ela vier te visitar de novo, você pode me chamar?

¾ Pra quê?

¾ Tá muito frio pra tomar leite gelado. Disse ela com a malandragem de mãe.

Quando bateram 3 horas da manhã, o menino foi se infiltrando pelo quarto dos pais fazendo o máximo de silêncio que conseguia. Cutucou a mãe que assim que abriu os olhos, foi logo levando o menino (e a menina) para fora do quarto antes que o pai acordasse e começasse a reclamar da reuniãozinha. Foram para a cozinha, onde a mãe preparou três xícaras de leite com canela e distribui pela mesa, uma delas, em um lugar vazio.

¾ Então você tinha uma gatinha?

¾ Eu já disse que sim, mãe.

¾ Qual era o nome dela?

¾ Era Mary, que nem o filme. Quem respondeu foi o filho.

¾ Ela era branquinha?

¾ Era.

¾ Quantos anos ela tinha?

¾ Seis meses. Ganhou assim que se mudou pra cá.

¾ Era muito peluda?

¾ Era sim. Era muito manhosa e só dormia no quarto dela.

¾ Quem te deu ela?

¾ Os pais.

¾ Que legal. Sempre quis ter um animalzinho também, mas meu marido é alérgico a tudo, até ao ar! Impossível qualquer coisa aqui. Seus pais cuidavam muito bem dela ou você fazia tudo sozinha?

¾ Algumas coisas eles faziam, mas ela gostava de ajudar.

¾ Foram eles que a levaram embora?

¾ Sim.

¾ Você ficou muito triste?

¾ Sim.

¾ Eles levaram pra muito longe?

¾ Não sei.

¾ Por que você não foi com eles? Sem resposta. Por um tempo.

¾ Não posso ir! Não sei pra onde ir! Não tem lugar nenhum!

¾ Sempre tem um lugar pra gente ir.

¾ Eu não! Eu não posso sair daqui! O filho respondia em primeira pessoa, isso era preocupante.

¾ Tudo bem acalme-se. Por que não me diz o que aconteceu?

¾ Não posso! Ele não quer! Ele disse que eu não ia dizer pra ninguém!

¾ Quem?

¾ Papai! Ele disse que não posso dizer! Ele disse que não vou dizer pra ninguém!

¾ Por que ele disse isso?

¾ Porque ele não quer que ela saiba. Se ela souber, ela vai embora.

¾ Quem?

¾ Mamãe.

¾ Por que ela iria embora? Ele fez alguma coisa?

¾ Não posso dizer! Já disse que não posso dizer! Mamãe, ela não quer dizer! Não a obrigue, por favor!

¾ Tudo bem, não vou obrigá-la. Desculpe por forçá-la, só queria ajudar.

¾ Tá. Preciso dormir. Boa noite mamãe.

¾ Boa noite.Enquanto tirava a mesa, viu estática que só havia uma xícara cheia. A sua.

Na manhã seguinte, de sábado, a mãe continuou sua busca. Pediu para o porteiro a chave do apartamento, mas é claro que ele não daria. Insistiu dizendo que sua sogra queria alugar o apartamento e queria dar uma olhada, mas ele só cedeu a chave na presença da própria sogra, que aceitou ajudar, mesmo sem entender muita coisa.

Enquanto estavam olhando a casa, a mãe ficou procurando pelos cantinhos alguma pista, mas não achou nada. Teve a idéia de chamar o filho para ajudar, que com muita relutância, acabou aceitando.

¾ Eu realmente não sei, mamãe. O que estamos procurando?

¾ Já falei, estamos procurando sua amiga.

¾ Ela não está aqui. Ela não sai durante o dia.

¾ Por quê?

¾ Porque podem achá-la.

¾ Ela está se escondendo de alguém.?

¾ Sim, está. Achei que estivesse claro. A mãe não gostou da resposta, mas ignorou, pois estava muito tensa. Onde uma criança costumaria se esconder?

Quando entraram no quarto de paredes rosa e viram o guarda-roupa embutido, ficou claro. A mãe abriu todas as portas, na esperança de ter desvendado o mistério, mas não havia nada lá. Estava tão vazio quanto o resto da casa. Mas tinha algo estranho naquele guarda-roupa. Algo como uma voz que gritava que aquilo guardava uma coisa especial. Uma voz que dizia que tinha mistério naquilo.

E o menino entrou no guarda-roupa. O menino sentou no guarda-roupa. O menino chorou no guarda-roupa. Ela estava lá, mas não estava.

¾ Que foi amor?

¾ Acharam ela, mãe. Ela vai ficar com medo.

¾ Mas ninguém aqui vai machucá-la.

¾ Mas ela vai ficar com medo.

¾ Onde ela está?

¾ Aqui!

¾ Onde? Não tem nada aqui!

¾ Tem sim! Tá bem aqui! Olha, mãe! Tá bem na sua frente!

Mas não tinha nada mesmo! Só o filho agachado dentro do guarda-roupa chorando desesperadamente. A mãe olhou melhor. Tentou entender, buscar alguma coisa. Algo faltando, o quê?

¾ Uma divisão. Sai daí filho.

¾ O que você vai fazer?

¾ Vou achá-la

¾ Mas ela não quer.

¾ Sai daí, filho!

¾ Não, mamãe! Ela não quer! A mãe o arrancou de lá. A avó o segurou. O filho chorou mais. O porteiro boiou.

¾ Me ajuda, senhor. Preciso de força de homem.

E juntos eles arrancaram um fundo falso do armário. Lá no fundo, deitada abraçando-se estava a pequena criança de sete anos, com um corte fundo na garganta. A polícia foi chamada, a perícia foi feita. Depois de meses, veio à tona a história. A menina havia visto o pai traindo a mãe, herdeira de uma das empresas mais importantes do país, com outra mulher. O pai não queria acabar o casamento milionário, por isso calou a filha cortando-lhe a garganta, junto das cordas vocais, assim ela não falaria.

Mas autor, isso não tem muito sentido. A menina ficou meses lá no armário, morta. Ninguém sentiu nenhum odor? Nada estranho no lugar? Sentiram sim, depois que o fundo falso foi removido. Mas como assim? O lugar que ela estava era revestido com alguma coisa? Não, não era. Então como? Simples, ela não queria ser encontrada! Isso faz menos sentido ainda! Faz? Bem, quando você tiver sete anos de idade e seu pai rasgar sua garganta porque não quer que sua mãe descubra que ele está traindo ela, talvez aí faça algum sentido...



Eu ia pedir para que não plagiassem meu texto, mas mesmo que alguém quisesse faze-lo, iriam ignorar totalmente meu pedido. Então só vou pedir que aproveitem bem ele. Espero que sirva de alguma coisa. É isso cambada! Até o próximo post!

Beijos e boa semana!! =*



OBS.: Tem gente dizendo que o texto aparece com uns erros. Parece que isso só acontece no Explorer. Se você estiver navegando pelo Chrome, não dá erro. Desculpe o transtorno =D